Desafios
Luanda, 12 de Março de 2023.
Olá, leitores, mais um relato por aqui. Ainda não sei se continuo a postar diariamente ou se vou pela vibe, mas por enquanto, quero escrever.
Fazer isto é uma forma de desabafar, e sentir-me ouvida quando acho que ninguém me ouve.
Bem... A ansiedade acabou tornando-se nociva. Pensar em tanta coisa acabou deixando-me paralisada e acabei sendo menos produtiva do que esperava para ontem.
Contudo, hoje o dia acabou tornando-se mil vezes melhor graças a um amigo que curiosamente apareceu no segundo em que pensei nele.
É engraçado como o mundo funciona.
Acabamos rindo bastante juntos, fazendo piadas com assuntos sérios, tal como sempre. Apesar da distância, é bom ver que não mudámos assim tanto.
Ele relembrou-me que ainda há pessoas que um dia conheci e que ainda se importam comigo, que não se importariam de dar-me um pouco de apoio moral caso eu fosse pedir, mas deixei bem claro que eu não faria isso tão cedo. As pessoas têm os seus próprios problemas, e eu prefiro não incomodar e resolver os meus sozinha também. Dizer isso, claro, rendeu-me uns tantos ralhetes dele, mas eu aguento.
Na minha cabeça, mesmo que eu tenha tido muitos amigos a alguns anos atrás, não faz sentido pedir apoio a alguém que nem sequer fala comigo, então, para quê cogitar essa ideia?
Pessoas vêm e vão, eu sei disso, e não é por estar sozinha que me esquecerei.
Não sei... Subitamente, as coisas tornaram-se mil vezes mais complicadas, como se um emaranhado de emoções confusas me impedisse de ver o meu próprio eu. Como se houvesse uma pedra enorme do meu caminho que me impede de avançar, e que me diz que, não importa o quanto tente, ainda serei a pessoa fraca que sempre tive medo de ser. O desafio é só meu, mas tudo de repente parece tão solitário, tão frio... É complicado explicar.
Mas as coisas vão melhorar. Provavelmente.
Ainda me resta um bocado de fé. Eu consigo superar isto.
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