Renascer das Cinzas
Luanda, 31 de Dezembro de 2023.
"Meu Deus, quem é vivo realmente sempre aparece!" Pois, pois... Mesmo que seja uns nove meses depois, hahahah.
Olá, meus queridos leitores, e mil perdões por ter desaparecido assim tão de repente, sem nem ter deixado um aviso. Até poderia prometer que não volto a desaparecer, mas não se fazem promessas que sabemos que podemos não cumprir.
Mas, hey, eu estou de volta para o último update do ano. E tenho planos de não parar de escrever nunca mais (especialmente porque durante o meu pequeno hiato, alguns vocês continuaram presos nos episódios antigos e pediram-me muito para continuar a escrever). Então, 'bora começar!
Nas últimas vezes que estive aqui, escrevi sobre a escola, e a pressão do último ano, da solidão e por aí vai. Bem... Temos novidades por aqui!
Terminei o último ano (e com uma média fantástica)! E, como se isso não fosse alegria suficiente, consegui entrar para a universidade. Comecei o blog como uma finalista meio solitária, e agora sou uma caloira bem mais feliz. Nem eu acredito.
A universidade tem sido uma experiência fantástica, simplesmente por ser um ambiente totalmente novo e diferente de tudo que alguma vez vivi. Conhecer novas pessoas e fazer novos amigos tem sido bom depois de tanto tempo a sentir-me sozinha, e é bom sentir que pertenço a um lugar, nem que seja só às vezes.
Tenho me descoberto e me entendido como nunca antes, e mesmo com tudo que me frustra, como a dificuldade de estudar e ter boas notas, e as coisas más que sempre parecem perseguir-me, sinto-me feliz.
(LOL, estava literalmente a chorar ontem à noite e hoje venho cá dizer que estou feliz, será que estou a enlouquecer? Inalar aqueles químicos do laboratório deve estar a fazer-me mal à cabeça.)
Estudar em si não tem sido tão bom quanto antes. O curso que escolhi é dos cursos mais pesados, e não sei se a minha dificuldade de aprender é que aumentou ou se há simplesmente alguma coisa nas palavras dos professores que faz a minha mente desligar e recusar-se plenamente a entender o que eles tentam explicar, mas tem sido realmente muito difícil. Estou a tentar melhorar, mas tenho mesmo que admitir a realidade.
Sobre o amor, bem... Lover girl is loving herself for now. Já não há espaço neste coração para mais ninguém.
Claro, às vezes eu sinto saudades de estar apaixonada por alguém, saudades de imaginar como poderia ser algo entre nós, mas já não há ninguém que me atraia até este ponto. Não dou espaço para me apaixonar, e, sendo sincera, acho que é melhor assim. Quem sabe o próximo ano traga surpresas quanto a isto.
E falar no próximo ano lembra-me que 2024 chega com imensas responsabilidades, imensos projetos e imensos sonhos. O ano chega comigo tento obrigatoriamente que me tornar uma adulta, e eu tenho que tentar perceber este mundo sem enlouquecer (ainda mais).
A maioridade está a pouquíssimos meses de distância, e eu só queria ter os meus quinze anos de volta, quando tudo era paz e a minha vidinha caótica numa bolha isolada do mundo exterior era tudo que eu tinha.
A minha vida está a mudar num ritmo rápido demais para eu sequer tentar perceber, e embora isso me assuste, eu não tenho poder para parar o tempo. O que me resta, então?
Resta-me apenas viver cada momento da forma mais intensa e genuína possível, aproveitar cada segundo antes que tudo se esgote. Todos os momentos se criam para me fazer entender a minha própria pessoa e o mundo à minha volta, então eu vou aproveitar o máximo que puder.
2023 foi um ano cheio de surpresas. Cheio de dor, cheio de mágoas, cheio de raiva, cheio de ressentimentos, cheio de desafios, mas cheio de surpresas, cheio de riso, cheio de alegria, cheio de amor, cheio de cura, cheio de cicatrizes, cheio de soluções, cheio de felicidades.
Posso dizer foi um ano cheio de espinhos, mas passado num mar de rosas.
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