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Luanda, 04 de Maio de 2024.
Olá, queridos leitores, e boa madrugada! Espero que estejam bem melhor que eu esta noite.
Foi uma semana cansativa. Foi um dia cansativo, mas é bom ter este tempo de paz para mim, para absorver e tentar perceber tudo o que aconteceu nos últimos sete dias.
Ah... Estou stressada. Frustrada, cansada, esgotada, escolham vocês a palavra certa. A minha cabeça lateja enquanto escrevo para vocês.
Porquê? Bem... Foi uma semana especialmente complicada.
E eu até poderia escrever um baita texto de superação, a dizer que está tudo bem e que não faz mal e que eu me sinto capaz de lidar com isto, mas seria tudo uma mentira. Não me sinto nem um pouco capaz de lidar com o que se passa.
Estou a sentir o quanto as situações ainda me afetam, e consigo ver o quão fundo os golpes me atingem, sem eu ter forças para ripostar. Pratico o meu silêncio de forma quase integral, encontrando um caminho meramente seguro na ausência de palavras.
O meu peito não dói. O meu inspirar não descompassa. O meu coração não se aperta. Tudo porque a minha alma já deixou o meu corpo, e o que resta é apenas uma carcaça vazia, sem valor algum.
Simplesmente insignificante.
Acho incrível que até dando o meu melhor para manter-me quieta, sem fazer absolutamente nada, eu consigo ser a causa de todos os problemas. A culpada. A vilã de um belo conto de fadas. Parece inacreditável.
Sinceramente, não sei como maus vou lidar com isto. Afinal, todas as minhas escolhas parecem estar erradas.
Já não vejo resolução neste problema que sou eu. Já não há solução.
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