Sparo
Luanda, 08 de Junho de 2024.
Olá, queridos leitores, e boa madrugada! Espero que estejam todo tão bem quanto eu esta noite.
Foi uma semana dura, em todos os sentidos.
Depois do que ficará para a história como o pior aniversário de sempre (props ao lacostinho por tê-lo tornado menos desastroso do que já estava a ser), as coisas não foram para os melhores lados.
Esta semana foi um teste à minha sanidade mental, uma forma do destino ver se eu sou tão resistente quanto ele quer que eu seja.
Ser forte tem sido tão difícil... Sinto-me falhar em absolutamente todos os passos que dou.
E estou cansada de ouvir que sou fria e que estar comigo é difícil pelos comentários que eu solto sem intenção de magoar, mas acho que vou ter de me habituar a isso. Afinal, até rosas mortas continuam a ter espinhos, não é?
Eu não faço as coisas com o propósito de magoar quem me rodeia, mas às vezes (e muitas vezes), a minha sinceridade tão necessária fere sensibilidades, e eu não percebo o que posso fazer para melhorar isso. Não posso mentir e fingir que tudo neste mundo é preto e branco, fingir que não existem os meus próprios tons de cinza, mas ser completamente sincera nos aspectos relevantes também não é opção. O que resta, então?
É complicado corresponder a padrões. É complicado sentir que sou uma falha, um erro a ser deletado por completo. É complicado sentir que estou no meio de pessoas, e mesmo assim, sou absoluta e irrevogavelmente invisível.
Não me sinto válida. Não me sinto ouvida. Não me sinto vista. E passo a vida a tentar ignorar o quão mal estes factos me fazem sentir.
Talvez eu deva parar de tentar, a sério que sim. Tudo isto é tão cansativo...
Só queria, talvez por um dia, sentir-me especial.
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