Fiery Ice
Luanda, 06 de Julho de 2024.
Olá, queridos leitores, e boa madrugada! Espero que estejam todos tão bem quanto eu estou hoje.
Foi uma semana cheia. Rápida demais, e mesmo assim mais lenta que uma lesma. E agora eu escrevo este episódio com um pouco de pressa, por ter me esquecido completamente de que dia era. Mas está tudo bem. Eu estou aqui, e isso é o que importa.
Entre ligações estabelecidas e cortadas, posso dizer que esta foi uma semana excepcional pela variedade de eventos. Uns mais doces, outros mais salgados, e uns tão ácidos quanto a toranja mais forte. E em meio a tanta coisa, eu só consegui sentir-me solitária nas últimas horas do dia anterior, por motivos desconhecidos.
Sei lá, há alguma coisa nas noites de sexta-feira que despertam a minha vontade mais íntima de ter uma companhia por perto. Mas eu sei que estou bem melhor sozinha.
Na verdade, talvez isso seja uma mentira. Nem sempre estou bem sozinha, mas o que fazer? A solidão cai-me bem.
É sozinha que resolvo todos os problemas que me abalam, mantendo uma postura inquebrável e indisponível para o resto do mundo ver. Envolvi todo o meu ser numa camada impenetrável de gelo, e agora passo a vida a queimar as pessoas ao redor com a minha temperatura anormal.
Eu sei, eu sei... Seres humanos são seres sociais e precisam de companhia para se manterem sãos e vivos. Mas eu odeio companhia, tanto quanto a amo.
Episódio confuso, eu sei... Nunca garanti que fazia lá muito sentido.
Vivo num limbo confuso, alternando no amar e odiar coisas simples que nem sequer dever ser cogitadas pelas outras almas ao meu redor.
É complicado ter esse meu jeitinho gélido e moralmente questionável.
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