Corte Clássico

 Luanda, 28 de Junho de 2025. 

Olá, queridos leitores, e boa madrugada! Espero que estejam todos tão bem quanto eu hoje. 

Bem... Cá estamos nós outra vez. Mais sete dias à contagem. 

Têm sido dias calmos por aqui. Entre seguir as minhas rotinas auto-impostas e tirar um tempo para pensar, não há quase nada de novo. Claro, treinar pesado e desanuviar enquanto faço yoga proporcionam-me alguns momentos bons no meio de todos os meus problemas. 

Ah... Não tem sido fácil. A escola pressiona-me. O ambiente em casa fica cada dia mais hostil. Os problemas pessoais parecem ser infindáveis. É o cenário habitual, apenas um tantinho mais intenso. Mas o mais preocupante no meio disso tudo é a minha total insensibilidade a absolutamente tudo. 

Eu sinto tudo o que se passa tentar esmagar-me, mas aqui dentro... Tudo está inerte. E eu não sei se isso é uma coisa boa. Será que perder a fé em tudo é algo bom? Será que a paz da desilusão é algo que agrada a minha alma?

Tudo mudou. O que era bom perdeu a importância, e o que era mau perdeu a ênfase. 

Nada consegue levantar uma mínima onda de diferença que seja em mim, e mesmo que consiga, é apenas para voltar a perder importância depois de um tempo. 

E também... Parece que ter o meu coração partido há alguns meses foi realmente o choque de realidade que precisava, hm? Eu sentia tanto... E agora não sinto absolutamente nada. 

Meus queridos leitores, custa-me admitir, mas eu acho que eu finalmente cheguei ao fim de um ciclo intenso de dor e decepção. E só cheguei até ele porque o processo destruiu todo o calor que havia guardado dentro de mim. 

Talvez um dia a fogueira volte a ser acesa. Talvez um dia eu vibre com alguma coisa, qualquer coisa que seja. Talvez as coisas mudem, e o meu coração volte a apertar-se com dor, ou com amor, ou com o que for. Mas por agora... Ele está simplesmente desligado. E eu nunca imaginei que esse dia chegasse. 

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